quinta-feira, 18 de abril de 2013

Todo gato é gato, e rato também é gato

Imagem: http://wildzoo.blogspot.com.br/2011/08/parasita-toxoplasma-gondii-transforma-o.html
Que reforma política e eleitoral?
Eu acredito que a única reforma política que efetivamente dê resultados seja a elevação da educação política e cidadã dos brasileiros, aliada a medidas efetivas de distribuição de renda. 
Não há Estado que dê conta de remediar as mazelas sociais criadas pela elite brasileira, sem que suas fortunas sejam repartidas; não há mudança eleitoral que dê conta de corrigir a cultura patrimonialista e a corrupção na política, sem voto mais com mais qualidade e povo com condições de assumir maior controle direto sobre os eleitos e sobre o poder, efetivamente.
Do contrário, o poder público continuará refém da elite predatória, os eleitos continuarão reféns dos interesses de grupos privados e os eleitores reféns das siglas partidárias e seus arranjos eleitoreiros, sujeitos a mudarem a maquiagem para manter as velhas práticas e reproduzir os velhos vícios. 

Essa é a reforma política na qual acredito: participação e controle direto, voto com qualidade e medidas estruturais para distribuir as riquezas injustamente concentradas. O restante será consequência, e o povo exercerá o poder, de uma forma ou de outra.

E os partidos políticos? 
Em minha modesta avaliação sobre a recente história das agremiações partidárias, de 1980 a meados da década de 1990 até houve alguns indícios de que poderíamos ter no Brasil a organização de partidos políticos, efetivamente. Porém, o novo século nos surpreendeu com um retrocesso sem antecedentes em nossa história recente e, desde então, em nome da governabilidade e do fatiamento do poder, todo gato é gato, e rato também é gato, desde que ratos e gatos estabeleçam acordos sobre as fatias do queijo que caberá a cada um. E, dane-se quem produz o queijo, afinal, a maioria desses continua elegendo gatos e ratos, achando que esses o representarão.

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