sábado, 28 de abril de 2012

AVALIAÇÃO NA FORTIUM: PÉSSIMO EXEMPLO PARA A DEMOCRACIA

Pasmem!!! Parece mentira, mas aconteceu. Em pleno ano de 2012, no plano piloto da capital do Brasil, a Faculdade Fortium promoveu a seguinte cena, para a qual me faltam termos para classificar. Hilária? Medíocre? Hipócrita? Sem noção? Menosprezo à inteligência da classe acadêmica? Escárnio à democracia? Não sei... leia e tente tirar uma conclusão. Isso aconteceu no 1º semestre do curso de direito, dia 25 de abril de 2012 (e em todas as turmas da faculdade):
Professora - Vocês já ouviram falar no GPA? É o Grupo Permanente de Avaliação da faculdade, destinado a acompanhar e propor melhorias no processo educativo, em geral. Por isso é um grupo formado por representações de professores, profissionais de apoio e estudantes eleitos pelos seus pares. (mais ou menos isso).  Hoje vocês vão escolher o representante de vocês.
Estudante 1 - Professora, nós já escolhemos o representante de nossa turma.
Professora - Esse que vocês escolheram é o representante de turma. O que vocês vão eleger agora  é o que vai representar vocês e todos os estudantes no GPA. Tem 3 nomes aqui na cédula e vocês vão votar num deles apenas, marcando um X ao lado do nome. 
A professora, então, leu os nomes e o curso que cada um está fazendo: João das Couves, Siriguella Madinbú e Jubileski Tapafenski. Prá manter a sinceridade, os nomes que estavam escritos na cédula eu não lembro mas, creiam, para mim e para os demais estudantes da turma não fazia a menor diferença. Seria  a mesma coisa fossem aqueles nomes da cédula ou esses que acabei de escrever. Ninguém ali sequer ouviu falar que existia o tal grupo e nem que um "representante" seria escolhido. Por acaso uma das estudantes conhecia um dos nomes. No mais, era isso mesmo: loteria pura!!! Só que, nesse caso, quem ganhará não será o apostador, aliás o eleitor.
Cheguei a indagar sobre a seriedade do processo mas, foi só para confirmar o que todos ali já suspeitavam. 
Professora - Eu também não conheço essas pessoas, não sei dos critérios e nem da forma como chegaram até aqui. Apenas me pediram que fizesse a votação.
E olha que estávamos com o privilégio de ter na sala uma professora que ocupa cargo de coordenação nessa faculdade. A situação podia ser pior que isso??? Pode, meu velho! A galera votou. Sim votou sem saber qualquer coisa sobre os candidatos, suas origens, suas propostas e seus compromissos; votaram  exatamente como você o faria se votasse, agora, num dos três nomes que coloquei aí, para ser o seu representante no tal GPA. Será que GPA poderia no contexto ser sigla para Grupo de Patéticos Anônimos? 

Bom, eu, como não sou melhor que ninguém, também cumpri meu dever cívico para com a instituição e votei. Mas, fiz um voto por extenso: "VOTO EM TAYASHY HAYASHY!!". Ele não está na lista, dirão os dirigentes. Mas, para mim, o Tayashy Hayashy inspira mais confiança e seriedade que esse processo e, por extensão, esse tal grupo. A pergunta que surge é: A quem interessa essa farsa eleitoral e para que será utilizada? É o que pretendemos descobrir no andar da carruagem. Comissão de fiscalização e avaliação do MEC, vocês estão chegando. Se esse for um critério a ser analisado... considerem a hipótese de alguém estar tentando mascarar alguma coisa, confundindo eleição com loteria e estudante com idiota.

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