Foto: Edu Góis |
Era uma vez na terra do Agoravai, um lugar muito, muito interessante, invejado pelos lugares vizinhos e cobiçado pelos povos longínquos. Nesse lugar Tanaja, a formiga escolhida, recebeu como herança uma pequena quitanda, a Quitanda do Distante, que ficava no formigueiro-mor, recebia encomendas por telefone e entregava em domicílio.
A quitanda era ainda nova, mas, tinha uma filosofia maravilhosa, com produtos de reconhecida qualidade e um vasto mercado consumidor à sua espera. Por ser diferenciada, tinha um grande potencial de desenvolvimento e clientes exclusivos.
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O fundador da Quitanda, ciente disso, projetou uma estratégia para viabilizar o negócio. Estabeleceu um ponto de redistribuição em cada formigueiro de Agoravai e esses estabeleceram coordenadores de demanda e entrega em cada quadra. A ideia era bastante simples e compartilhada: o sistema funcionaria em rede na qual a Quitanda faria chegar os produtos aos distritos e esses entregariam aos consumidores, com apoio e cooperação dos coordenadores de quadra. O serviço de entrega aos distritos era feito por formigas operárias que prestavam serviços temporários, comandadas por uma formiga gerente com dedicação parcial ao negócio e monitoradas por aplicativos informatizados específicos .
Foto: Edu Góis |
Foi esse o maravilhoso presente que, numa bela manhã de sol, Tanaja recebeu. Ela que todas as noites sonhava com um "negócio da China", herdou uma quitanda e, agora, desesperada, mal pode dormir. Corre pelas ruas de Agoravai, à procura de respostas para sua pergunta: “Oh, céus, o que fazer com essa herança bendita?”
- Feche que é melhor! - aconselha a concorrente.
- Vende-a e dá o dinheiro aos pobres. - proclama a crente que profetiza na praça.
- Faça um planejamento, corrija as falhas e foque-se no cliente porque o mercado que você tem é uma oportunidade única. - argumenta a especialista em mercados dispersos.
- Deixe como está prá ver como é que fica. - ironizam os gozadores de plantão.
Foto: Edu Góis |
E, lá vem Tanaja. Quem sabe, a solução.
- Formigal, uma grande ideia: alguém sugeriu que entreguemos a quitanda a um concorrente e todos viveremos felizes para sempre.
E, agora, José?!. Toma que a quitanda é sua!, e tire da história a moral que quiser.
E, agora, José?!. Toma que a quitanda é sua!, e tire da história a moral que quiser.
http://www.cristianecoppe.com.br/tenda3.htm |
Uma fábula, uma história... E se a quitanda fosse herdada por você? E se o seu trabalho for a quitanda? E a se quitanda for a sua vida? Abraços. Feliz Páscoa!
ResponderExcluirMuito bem elaborada Eduardo, um relato simples que traz uma reflexão muito pertinente. Feliz Páscoa.
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