Quer ver um burguês feliz, peça a ele um favor, implore por ajuda, se ajoelhe por uma migalha... mantenha-se dependente e submisso.
Essa é a cultura produzida e reproduzida pela elite brasileira, em todos os setores da sociedade brasileira, ao longo destes últimos 5 séculos de história. Em nossa região é conhecida a figura do camponês que é, ao mesmo tempo, peão e compadre do fazendeiro; da empregada doméstica que ganha pouco e não tem carteira assinada, mas recebe presentes e agrados da patroa; do sindicalista que puxa-saco do patrão e do operário que, sentindo-se sozinho e desorganizado, se sujeita a trabalhar muito por pouco.
Monumento na praça central, em Palmas/TO. |
Me explicaram que a cena é em homenagem à primeira missa celebrada naquele local. A missa deve ter durado pouco mais de uma hora. A cena perdura para sempre. Em tons que lembram o ouro roubado do continente latinoamericano e o capim dourado da região, crianças ajoelhadas e mãos estendidas clamam, diariamente, aos nobres governantes, por justiça, respeito e dignidade.
Clamar, apenas, não basta. É preciso levantar-se e mudar as relações de dominação, para que os governantes sejam servidores do povo e não seus eternos senhores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário