sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Amor não combina com egoísmo

    Como diz o poeta, "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã!" Porém, antes de declarar seu amor a alguém é sempre aconselhável analisar um  pouco melhor o significado e o interesse de seu sentimento.  Pode ser que seja realmente um sentimento de amor. Pode ser, ao contrário, um sentimento egoísta.

     Há muitas situações em que o sentimento declarado como amoroso não passa, no fundo, de uma busca pela satisfação de seu próprio ego. Quando disser um "Eu te amo!", considere a hipótese de estar dizendo: "Amo o bem que você me faz, a alegria que você me traz, o status que me confere, o prazer que me concede, a atenção que dedica a mim...".

     Talvez, por isso, muitas pessoas se sentem tão frustradas e queixosas quando um relacionamento "acaba". Não sofrem ou se revoltam porque acabou o amor mas, na verdade, porque descobrem que o amor que julgavam ter - e que tão bem fazia a sua auto-estima - revelou-se ilusório. Tão ilusório quanto dizer "eu te amo" quando na verdade estava querendo dizer "amando você é a meu ego que estou amando!" O extremo desse egoísmo camuflado em amor é a hipócrita  declaração "matei por amor". Que absurdo!
 
      A não correspondência a um amor verdadeiro jamais será traumática, pois tal amor não espera recompensas. Quando amar, ame livremente e sem interesses. Não o faça, jamais, em função de sua expectativa de retorno e retribuição. Ame pela natureza sublime do amor, porque acredita na capacidade que os atos amorosos, em si, têm de transformar as pessoas para melhor.

     Como diz o grande mandamento: Ame a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Ou seja, ame a Deus, ame-se e ame ao próximo, sem egoísmo e sem possessividade.

     Faça isso. Se ainda assim alguma pessoa insistir em te fazer mal, não hesite em afastar-se dela. Não sofra desilusão e nem deixe de amá-la, fraternalmente. Apenas evite a companhia de quem só consegue amar a si próprio, mesmo quando está dizendo "eu te amo!"

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