sábado, 11 de dezembro de 2010

BRANCAS E NEGRAS, IRMÃS? GÊMEAS!!

Na Alemanha, aos 11 de julho de 2008, um casal teve gêmeos com características e cor de peles completamente diferentes. O pai de Leo e Ryan é um alemão da localidade de Potsdam, próximo à Berlim, e a mãe é originária de Gana, na África Ocidental.
Na Inglaterra, o pai Dean Durrant e a mãe Alison Spooner tiveram o privilégio de mostrar por duas vezes seguidas ao mundo o quanto é grande a hipocrisia de quem, ainda hoje, mantém preconceito e discriminação contra a cor da pele de uma pessoa.
Por duas vezes seguidas o casal tem filhas gêmeas, as duas vezes, com características muito distintas da cor da pele, dos cabelos e dos olhos; uma com características tipicamente britânicas e outra com características tipicamente africanas.
Lauren e Hayleigh com Miya e Leah


Enquanto a recém-nascida Miya tem a pele mais escura, como seu pai, sua irmã gêmea Leah tem pele clara, olhos azuis e cabelos ruivos, igual a sua mãe. As gêmeas mais velhas, nascidas em 2001 também apresentavam da mesma forma uma diferença marcante no tom da pele e na cor dos olhos.
“Não é fácil explicar isso. Ainda estou em choque”, disse Durrant à TV Sky News. As crianças são produto de dois óvulos fertilizados separadamente o que não gera os chamados gêmeos idênticos, mas cientistas dizem ser raro um casal ter gêmeos duas vezes, e mais raro ainda que eles sejam tão diferentes.

Dean Durrant, Alison Spooner com as filhas Lauren e Hayleigh, Miya e Leah.
“O nascimento de gêmeos não-idênticos não é muito comum. Gêmeos não-idênticos filhos de casal interracial é ainda mais incomum. Ter dois óvulos fertilizados gerando crianças de cores diferentes é mais raro ainda. Então ver isso acontecer duas vezes deve ser uma possibilidade em milhões”, explicou a doutora Sarah Jarvis, da Britain's Royal College of General Practitioners.
A chance de um nascimento "bi racial" (filhos de pigmentação de pele diferentes) ocorrer uma única vez é de uma em um milhão, quase tão difícil quanto ganhar na mega-sena. Mas, nesse caso é mais raro ainda pois não são filhas de 2 pais de raças diferentes e sim de apenas um pai - e foram duas vezes seguidas. Para isso não há estatística capaz de medir. No máximo se poderia comparar com a chance da mesma pessoa ganhar na mega sena, sozinho, em dois sorteios seguidos. Ou seja, praticamente impossível.
O objetivo, aqui, não é discutir estatística e probabilidade. A finalidade desta breve reflexão é entender esse fenômeno raríssimo como uma prova inquestionável de que, além de criminoso, preconceito contra a cor de pele de uma pessoa, com tantas evidências existentes, manter uma atitude assim é grande demonstração de ignorância.



As pequenas vão à escola pela primeira vez:

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