quinta-feira, 28 de outubro de 2010

FICHA LIMPA, SUPREMA DIVISÃO 2

O povo brasileiro amanheceu com um motivo a mais para acreditar e se empenhar no combate à improbidade e à corrupção na administração pública. Depois do episódio revelador e vergonhoso no desfecho da votação do caso do ficha suja Joaquim Roriz, o Supremo Tribunal Federal, na noite de ontem (27/10) decidiu pelo respeito à decisão dos tribunais eleitorais (TRE e TSE) de cassar a candidatura dos fichas sujas que renunciaram para evitar a perda de mandato.
A decisão se deu a partir do julgamento de Jader Barbalho que, com a decisão de ontem, fica impedido de reassumir vaga no senado, apesar dos mais de um milhão de votos obtidos (sabe-se lá como...) no pleito de 03 de outubro. 
Não entremos na ilusão de que o judiciário brasileiro está uma perfeição. Continua tão dividido como antes e tanto quanto a população brasileira, conforme refletimos no 1º artigo sobre a Ficha Limpa. O resultado novamente foi empate. Só que, dessa vez, as forças progressistas conseguiram fazer valer o critério que impõe a manutenção da decisão do TSE caso o recurso no Supremo não consiga maioria. 
De parabéns o ministro Joaquim Barbosa, relator, pela sua postura exemplar e conduta cidadã. É uma decisão que precisa ser comemorada e não estou aqui fazendo nenhuma defesa partidária, inclusive porque a decisão alcançará também um candidato petista, partido que, ainda hoje, é um dos principais ícones da defesa da ética e da moralidade. A honestidade e a probidade administrativa não tem partido: tem consequências e quem erra tem que pagar, na justiça e nas urnas, independente de posição social ou cor partidária. 
Espero que esse seja o critério do STF que ainda deverá julgar outros fichas sujas como Maluf e companhia. Espero que esse seja, cada vez mais, o critéiro da população e do eleitorado brasileiro. No DF, domingo será uma prova de fogo disso e espera-se que a candidata marionete do ficha suja Roriz seja derrotada estrondosamente nas urnas. 
O povo, antes e acima de tudo, precisa ser respeitado e o Brasil precisa seguir mudando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário