domingo, 31 de outubro de 2010

FUMAÇA BRANCA NA DEMOCRACIA BRASILEIRA

Para quem é católico ou conhece um pouco de rituais e simbologia religiosa sabe muito bem o significado da expressão "fumaça branca" no Vaticano. Significa que um novo Papa fora escolhido para substituir o antecessor, normalmente falecido, já que o papado é posto vitalício.
A escolha de um novo Papa é sempre um fato histórico na vida dessa Igreja e é, invariavelmente, um momento muito especial. Esse é o motivo que me leva a tomar emprestada a expressão "fumaça branca" para me referir ao atual momento histórico brasileiro. É consenso entre analistas políticos que, desde 1989 não se via uma disputa presidencial tão acirrada e a elite nacional tão furiosa, apelando para todos os meios, artifícios e manobras prá vencer a eleição.
Fato é que não se trata, simplesmente, de mais uma eleição: Trata-se, para a elite brasileira de recuperar o poder central do país e a condução da economia brasileira. Três são so motivos scentrais da fúria e do desespero da elite. 
O primeiro deles: a elite capitalista em 2002 perdeu a Presidência da República para um ex-retirante nordestino, operário e petista, Luiz Inácio da Silva e até hoje não admitiu ou digeriu a derrota.
O segundo motivo: a elite acreditava num completo fracasso do governo do PT. Errou. O operário, nordestino e sem diploma de curso superior fez o melhor governo da história do país e conseguiu, minimamente, iniciar o processo de inversão de prioridades, colocando a classe trabalhadora e os pobres desse país na ordem do dia e na pauta das preocupações governamentais. O governo petista foi reeleito e colocou o Brasil na agenda internacional, com soberania e de maneira afirmativa. 
o terceiro motivo: ser derrotado novamente, em 2010, representa para a elite capitalista, representada pelos demos e tucanos, admitir que estão sendo incapazes de frear o avanço da classe trabalhadora. Como se diz no sul, a elite estaria fracassando em matar o trem antes que ele cresça. O pior de tudo para a elite preconceituosa e machista: estariam sendo derrotados por uma mulher que nunca concorreu a cargo eletivo, apesar de ser de longe muito mais preparada, experiente e capaz que o candidato da bolinha de papel.
Enfim, o dia de hoje é um dia histórico, queiramos ou não. É um daqueles dias em que aguardamos ansiosamente para que chegue; que, na véspera fazemos questão de ficar acordado até madrugada para receber o dia que se faz iluminado. Desse momento em diante é esperar a abertura da votação, o fechamento das urnas e a computação dos votos. Proclame-se po resultado! Respeite-se a vontade popular! E que a vontade popular seja cada vez mais vontade emancipada e cada vez menos vontade manipulada. 
Que venha o veredito... e que o povo brasileiro tenha o governo que, nesse dia 31 de outubro, fizer por merecer.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

FICHA LIMPA, SUPREMA DIVISÃO 2

O povo brasileiro amanheceu com um motivo a mais para acreditar e se empenhar no combate à improbidade e à corrupção na administração pública. Depois do episódio revelador e vergonhoso no desfecho da votação do caso do ficha suja Joaquim Roriz, o Supremo Tribunal Federal, na noite de ontem (27/10) decidiu pelo respeito à decisão dos tribunais eleitorais (TRE e TSE) de cassar a candidatura dos fichas sujas que renunciaram para evitar a perda de mandato.
A decisão se deu a partir do julgamento de Jader Barbalho que, com a decisão de ontem, fica impedido de reassumir vaga no senado, apesar dos mais de um milhão de votos obtidos (sabe-se lá como...) no pleito de 03 de outubro. 
Não entremos na ilusão de que o judiciário brasileiro está uma perfeição. Continua tão dividido como antes e tanto quanto a população brasileira, conforme refletimos no 1º artigo sobre a Ficha Limpa. O resultado novamente foi empate. Só que, dessa vez, as forças progressistas conseguiram fazer valer o critério que impõe a manutenção da decisão do TSE caso o recurso no Supremo não consiga maioria. 
De parabéns o ministro Joaquim Barbosa, relator, pela sua postura exemplar e conduta cidadã. É uma decisão que precisa ser comemorada e não estou aqui fazendo nenhuma defesa partidária, inclusive porque a decisão alcançará também um candidato petista, partido que, ainda hoje, é um dos principais ícones da defesa da ética e da moralidade. A honestidade e a probidade administrativa não tem partido: tem consequências e quem erra tem que pagar, na justiça e nas urnas, independente de posição social ou cor partidária. 
Espero que esse seja o critério do STF que ainda deverá julgar outros fichas sujas como Maluf e companhia. Espero que esse seja, cada vez mais, o critéiro da população e do eleitorado brasileiro. No DF, domingo será uma prova de fogo disso e espera-se que a candidata marionete do ficha suja Roriz seja derrotada estrondosamente nas urnas. 
O povo, antes e acima de tudo, precisa ser respeitado e o Brasil precisa seguir mudando.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

Os brasileiros estão comendo mais e melhor. O desemprego tem, hoje, a menor taxa da história (6,2%). Está sendo construído em Caçador um Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - CEFET (nunca antes imaginado) e são 150 em todo o Brasil. O salário mínimo aumenta em janeiro e não mais em maio ou, como nos últimos anos de FHC que chegava a agosto sem definição no Congresso. Quase um milhão de jovens trabalhadores estão estudando em cursos que eram destinados apenas aos ricos (como direito e medicina). O ENEM é uma revolução na democratização do acesso ao ensino superior nas universidades federais... enfim, o novo Brasil que nós queremos e lutamos para acontecer, já está nascendo nos últimos 7 anos. E vai continuar avançando com Dilma, se formos capazes de defender o que é bom. (Tem louco prá tudo... vai que tenha os que não querem uma vida melhor e queiram retroceder para o atraso?!.)

domingo, 17 de outubro de 2010

Manifesto de Cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da Vida em Abundância!


"Se nos calarmos, até as pedras gritarão!"
Somos homens e mulheres, ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade, vimos a público declarar:
1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como "contrárias à moral".
A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: "se nos calarmos, até as pedras gritarão!" (Lc 19,40).
2. Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude:
3. Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira.
4. Consideramos que o direito à Vida seja a mais profunda e bela das manifestações das pessoas que acreditam em Deus, pois somos à sua Imagem e Semelhança. Portanto, defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam. Por isso, um governo justo oferece sua opção preferencial às pessoas empobrecidas, injustiçadas, perseguidas e caluniadas, conforme a proclamação de Jesus na montanha (Cf. Mt 5, 1-12).
5. Acreditamos que o projeto divino para este mundo foi anunciado através das palavras e ações de Jesus Cristo. Este projeto não se esgota em nenhum regime de governo e não se reduz apenas a uma melhor organização social e política da sociedade. Entretanto, quando oramos "venha o teu reino", cremos que ele virá, não apenas de forma espiritualista e restrito aos corações, mas, principalmente na transformação das estruturas sociais e políticas deste mundo.
6. Sabemos que as grandes transformações da sociedade se darão principalmente através das conquistas sociais, políticas e ecológicas, feitas pelo povo organizado e não apenas pelo beneplácito de um governante mais aberto/a ou mais sensível ao povo. Temos críticas a alguns aspectos e algumas políticas do governo atual que Dilma promete continuar. Motivo do voto alternativo de muitos companheiros e companheiras. Entretanto, por experiência, constatamos: não é a mesma coisa ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma manifestação popular, mande a polícia reprimir. Neste sentido, tanto no governo federal, como nos estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido.
7. Sabemos de pessoas que se dizem religiosas, e que cometem atrocidades contra crianças, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso, não nos interessa se tal candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer "Senhor, Senhor", mas realizar a vontade de Deus, ou seja, o projeto divino. Esperamos que Dilma continue a feliz política externa do presidente Lula, principalmente no projeto da nossa fundamental integração com os países irmãos da América Latina e na solidariedade aos países africanos, com os quais o Brasil tem uma grande dívida moral e uma longa história em comum. A integração com os movimentos populares emergentes em vários países do continente nos levará a caminharmos para novos e decisivos passos de justiça, igualdade social e cuidado com a natureza, em todas as suas dimensões. Entendemos que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano - como Marina Silva defende - só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido. No momento atual, Dilma Rousseff representa este projeto que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula. É isto que está em jogo neste segundo turno das eleições de 2010.
Com esta esperança e a decisão de lutarmos por isso, nos subscrevemos:
1. Dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás velho, e presidente honorário da CPT nacional.
2. Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Feliz do Araguaia-MT.
3. Dom Luiz Eccel- Bispo de Caçador-SC
4. Padre Paulo Gabriel, agente de pastoral da Prelazia de São Feliz do Araguaia-MT
5. Marlene Ossami de Moura, antropóloga-Goiânia
6. Marcelo Barros, monge beneditino, teólogo
7. Professor Candido Mendes, cientista político e reitor
8. Frei Gilvander Luís Moreira, carmelita, professor de Teologia Bíblica, assessor de CEBs, CPT, SAB e Via Campesina; - Belo Horizonte, MG.
9. Luiz Alberto Gómez de Souza, cientista político, professor
10. Revdo. Roberto Zwetch, igreja IELCB e professor de teologia em São Leopoldo
11. Pe. Ivo Pedro Oro, diocese de Chapecó-SC
12. Pe. Igor Damo, diocese de Chapecó-SC.
13. Irmã Pompeia Bernasconi, cônegas de santo agostinho
14. Cibele Maria Lima Rodrigues, Pesquisadora
15. Pe. John Caruana, Rondônia.
16. Pe. Julio Gotardo, São Paulo
17. Toninho Kalunga, São Paulo
18. Antonio Cecchin, irmão marista, Porto Alegre
19. Pe. Oscar Beozzo, diocese de Lins
20. Washington Luiz Viana da Cruz, Campo Largo, PR e membro do EPJ (Evangélicos Pela Justiça)
21. Ricardo Matense, Igreja Assembléia de Deus, Mata de São João/Bahia
22. Silvania costa
23. Monge Joshin, Comunidade Zen Budista do Brasil, São Paulo
24. Mercedez Lopes
25. André Marmilicz
26. Raimundo Cesar Barreto Jr, Pastor Batista, Doutor em ética social
27. Pe. Arnildo Fritzen, Carazinho. RS
28. Darciolei Volpato, RS
29. Ir. Irio Luiz Conti, MSF. Presidente da Fian Internacional
30. Frei Ildo Perondi - Londrina PR
31. Ir. Inês Weber, Irmãs de Notre Dame
32. Pe. Domingos Luiz Costa Curta, Coord. Diocesano de Pastoral da Diocese de Chapecó/SC
33. Pe. Luis Sartorel
34. Itacir Gasparin
35. Célio Piovesan, Canoas. RS
36. Pe. Inácio Neutzling - jesuíta, diretor do Instituto Humanitas Unisinos
37. Toninho Evangelista - Hortolandia/SP
38. Geter Borges de Sousa, Evangélicos Pela Justiça (EPJ), Brasília
39. Caio César Sousa Marçal - Missionário da Igreja de Cristo - Frecheirinha/CE
40. Rodinei Balbinot, Rede Santa Paulina
41. Pe. Cleto João Stulp, diocese de Chapecó
42. Odja Barros Santos - Pastora Batista
43. Ivone Gebara, religiosa católica, teóloga e assessora de movimentos populares
44. Ricardo Aléssio, cristão de tradição presbiteriana, professor universitário
45. Maria Luíza Aléssio, professora universitária, ex-secretária de educação do Recife
46. Nancy Cardoso, pastora batista- CPT- Vassouras
47. Luiza E. Tomita - Séc. Executiva EATWOT(Ecumenical Association of Third World Theologians)
48. Fr. Luiz Carlos Susin - Secretário Geral do Fórum Mundial de Teologia e Libertação
49. Frei Betto, escritor, dominicano
50. Rosa Maria Gomes
51. Roberto Cartaxo Machado Rios
52. Rute Maria Monteiro Machado Rios
53. Antonio Souto, Caucaia, CE
54. Olidio Mangolim-PR
55. Joselita Alves Sampaio- PR
56. Kleber Jorge e silva, teologia -Passo Fundo-RS
57. Terezinha Albuquerque
58. PR. MARCO AURÉLIO ALVES VICENTE - EPJ - Evangélicos pela Justiça, pastor-auxiliar da Igreja Catedral da Família/Goiânia-GO
59. Padre Ferraro, Campinas
60. Ir. Carmem Vedovatto
61. Ir. Letícia Pontini, discípulas, Manaus
62. Padre Manoel, PR
63. Pe. João Pedro Baresi, presidente da Comissão Justiça e Paz da CRB (Conferência dos religiosos do Brasil) SP
64. Magali Nascimento Cunha, Metodista
65. Stela Maris da Silva
66. Ir. Neusa Luiz, Abelardo Luz- SC
67. Lucia Ribeiro, socióloga
68. Marcelo Timotheo da Costa, historiador
69. Maria Helena Silva Timotheo da Costa
70. Ianete Sampaio
71. Ney Paiva Chavez, professora educação visual, Rio de Janeiro
72. Antonio Carlos Fester
73. Ana Lucia Alves, Brasília
74. Ivo Forotti, CEBs- Canoas, RS
75. Agnaldo da Silva Vieira - Pastor Batista. Igreja Batista da Esperança --Rio de Janeiro
76. Irmã Claudia Paixão, Rio de Janeiro
77. Jether Ramalho, Rio de Janeiro
78. Ir. Maria Celina Correia Leite, Recife
79. Pedro Henriques de Moraes Melo - UFC/ACEG
80. Fernanda Seibel, Caxias do Sul
81. Benedito Cunha, pesquisador popular, membro do Centro Mandacaru- Fortaleza
82. Pe. Lino Allegri - Pastoral do Povo da Rua de Fortaleza, CE
83. Antonio Marcos Santos, Igreja Evangélica Assembléia de Deus - Juazeiro - Bahia
84. Juciano de Sousa Lacerda, Prof. Doutor em Comunicação Social da UFRN
85. Pasqualino Toscan- Guaraciaba SC
86. Francisco das Chagas de Morais, Natal - RN
87. Elida Araújo
88. Maria do Socorro Furtado Veloso - Natal, RN
89. Maria Letícia Ligneul Cotrim, educadora
90. Maria das Graças Pinto Coelho/ professora universitária/UFRN
91. Ismael de Souza Maciel, membro do CEBI - Centro de Estudos Bíblicos Recife
92. Xavier Uytdenbroek, prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
93. Maria Mércia do Egito Souza, agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
94. Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
95. Karla Juliana Souza Uytdenbroek, Bacharel em Direito
96. Targelia de Souza Albuquerque
97. Maria Lúcia F de Barbosa ,Professora UFPE
98. Débora Costa-Maciel Profª. UPE
99. Maria Theresia Seewer
100. Ida Vicenzia Dias Maciel
101. Marcelo Tibaes
102. SERGIO BERNARDONI, diretor da CARAVIDEO Goiânia Goiás
103. Claudio de Oliveira Ribeiro. Pastor da Igreja Metodista em Santo André, SP
104. Frei José Fernandes Alves, OP. - Coordenador da Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil
105. Luis Fernando Carvalho de Souza, metodista
106. Elena Alves Silva - pastora metodista na Terceira Região Eclesiástica, SP
107. Simone Nunes Camiña, metodista, São B. do Campo, SP
108. Antonio Camiña Bugallo, leigo metodista, São Bernardo do Campo, SP
109. Paulo Flores, Católico, CEB Cristo Rei, Santuário São Judas Tadeu, Região Episcopal Ipiranga, Arquidiocese de São Paulo, ex-secretário Nacional da Pastoral da Juventude Estudantil (1991-1993)
110. Laine Chapada de Amorim, CEB Cristo Rei, Santuário São Judas Tadeu, Região Episcopal Ipiranga, Arquidiocese de São Paulo, ex-secretária Nacional da Pastoral da Juventude Estudantil (1995-1998)
111. Ermanno Allegri, Diretor Executivo de ADITAL.

NEGOCIAÇÃO COLETIVA E O RETRATO DO SINDICALISMO

A ideia da negociação coletiva tem uma lógica interessante, porém, supõe a participação e mobilização da coletividade. Negociação entre donos de empresas e donos de sindicatos vira negociata.
A razão do surgimento do Estado, segundo as principais teorias, foi a necessidade de um aparato capaz de mediar a luta de classes entre proprietários e despossuídos. Sem o Estado, em momentos de crise, a luta entre os dois grupos poderia ter resultados trágicos para algum dos lados. 
O 1º problema é que o Estado não foi criado por algum ser superior, de fora da sociedade - nem poderia ser. O Estado foi criado dentro da e na sociedade, dividida em classes. O segundo problema é que ele foi criado pela classe dos proprietários, sob sua ótica e controle, para servir a seus interesses, fingindo-se instância superior e neutra. 
Por pressão massiva dos despossuídos, o Estado deixou de ser absolutista, dando lugar ao Estado Democrático de Direito cujo controle é disputado pelas duas classes sociais e, vez que outra, a classe trabalhadora tem oportunidade de assumir parcelas importantes do poder de governo.
Porém, o governo não é a única forma de exercício de poder da classe trabalhadora, nem deveria ser a principal, pois, como dito, o Estado foi criado pelos proprietários para desviar o foco da luta direta e defender seus interesses. Não deveríamos deixar que os patrões acumulem e concentrem a renda para que, depois, o governo tenha que correr atrás do prejuízo e tentar redistribuir. A luta de classes está instalada no chão de fábrica, nas desigualdades do campo e no seio de cada cidade ou vila, onde hajam proprietários e despossuídos. A luta de classes está instalada em todo lugar onde haja pessoas que vivem do seu trabalho, sendo exploradas por pessoas que vivem do trabalho alheio.
Como na segunda metade do século passado houve um posicionamento explícito do Estado brasileiro a serviço do capital e das pessoas da elite, que vivem do trabalho alheio, sentindo-se desprotegidos os trabalhadores trataram de avançar no exercício direto do poder, organizando-se em movimentos com bandeiras concretas, enfrentando seus patrões, paralisando as fábricas e exigindo salário justo, jornada de trabalho decente e respeito. As décadas de 1970 e 1980 foram os tempos áureos dessas mobilizações. Além de conquistar vários direitos a classe trabalhadora, que vive do seu suor, balançou e começou a minar as estruturas de poder governamental sob domínio da elite, ganhando alguns municípios, depois alguns estados e, finalmente, em 2002, o governo central, elegendo Lula presidente.
Infelizmente, ao ganhar o governo federal, em 2003, a organização de classe dos trabalhadores brasileiros já estava completamente fragilizada e sem representatividade. Os dirigentes, em sua quase totalidade, envelheceram nos gabinetes, agarrados nas estruturas e nos cargos que viraram vitalícios, cada vez mais distantes das bases, do chão da fábrica ou das comunidades do campo. O perfil do dirigente sindical de 2000 em diante não é o mesmo que era no final da década de 1970, quando os líderes surgiam, de fato, do calor dos debates e das lutas concretas do coletivo de trabalhadores. Viraram rascunho de burocratas, achando que saliva, discurso desatualizado e compadrio com os patrões enchem barriga de operário.
O dirigente sindical do século XXI fala em causa própria e negocia por sua própria cabeça, de acordo com os seus interesses, nem sempre muito louváveis. E muitos dirigentes são os mesmos do final da década de 1980 ou 1990 que, no início, até tiveram alguma greve no currículo e, hoje, usam essa relíquia póstuma para justificar sua manutenção no cargo. Afastados da categoria, passam mais tempo falando e recebendo ordens dos patrões do que ouvindo e dialogando com os representados. Sem contar dos casos em que o "presidono" do sindicato nem pertence mais à categoria que deveria representar.
Negando a luta de classes e a história da classe trabalhadora brasileira, os atuais ilustres e "experientes" dirigentes sem dirigidos falam em nome da categoria de sua entidade, a partir de assembleias fantasmas, realizadas com qualquer quorum (muitas vezes com menos de 1% da categoria). As grandes assembleias de então, que enchiam estádios, viraram reunião de amigos.  Nessa conjuntura, na melhor das hipóteses, negociação coletiva vira piada prá fazer rir os patrões. Na pior, vira oportunidade para os presidonos das entidades de classe barganharem vantagens pessoais, favores e aumento de patrimônio pessoal. 
O raio-X dessa cena é vergonhoso e é lamentável que um instrumento como a negociação coletiva, forçada por lei, tenha se convertido nessa calamidade, salvo honrosas exceções que só ocorrem onde há ainda algum resquício de sindicato autêntico e de movimento de trabalhadores.
Em Caçador, por exemplo, há bem pouco tempo, os empregados de uma empresa tiveram de enfrentar sozinhos mais de meio ano sem salário... Mas, isso é pouco se considerar que têm enfrentado uma vida inteira sem sindicato. Nesse episódio específico ficou claro, mais uma vez, que o que precisa existir é organização, união e mobilização dos trabalhadores. O sindicato é uma ferramenta, necessária ou não. Do jeito que é hoje está mais para prejuízo do que para apoio e das mesas de negociação, já se sabe o que podemos esperar. É por isso que vai demorar surgir um novo Lula que, certamente, seria ainda melhor se tivesse chegado a presidente em 1989.

FÉ E POLÍTICA

Considero que as igrejas têm um papel importante - e o exercem - na formação e educação política de seus fiéis e seguidores. Padres, bispos, pastores, gurus, missionários, pai de santo e todas as outras denominações de líderes de igrejas, são formadores de opinião que gozam de forum e status privilegiado. Além de impôr seus monólogos - porque em suas pregações, discursos ou sermões não há direito a questionamento ou debate - falam como representantes de Deus na terra. 
Na visão de seus fiéis seguidores tais líderes estão investidos de poderes divinos, transcendentais e, portanto, inquestionáveis. Tudo o que falam é digno de fé.
Essa posição não deve ser desmerecida, nem diminuída. Pelo contrário. É preciso ser tomada nos termos em que a própria Bíblia coloca: "A quem muito foi dado, muito será exigido; a quem muito foi confiado, mais se lhe pedirá."(Lucas 12, 48). Ocupar uma posição dentro da hierarquia das igrejas implica ter consciência da responsabilidade e do papel a ser exercido. Sem isso, corre-se o risco de banalizar o serviço, escandalizar os fiéis e cair na vala comum das conveniências, do proselitismo barato, da intolerância, das práticas preconceituosas e do uso indevido da fé para promoção pessoal ou de interesses privados.
A fé e a política têm estreita relação. Fazer a boa política é fazer a defesa do bem comum, em favor da justiça, da igualdade, da solidariedade e das condições de vida dignas para todos. Promover a fé é promover a vida e a transcendência humana. Em última análise, fé e política se complementam, como se complementam o papel dos formadores de opinião. 
O que não podemos concordar é com o uso parcial da fé em prol de interesses particulares. Esses interesses particulares vão desde o personalismo de líderes "pop star", até a transformação de igrejas em empresas com faturamentos milionários. Sim, há igrejas cujos "pastores" não cursam teologia; cursam marketing e, no lugar de Filosofia e Teologia estudam psicologia de massa e estratégias de manipulação para exercitar-se na "arte" de amolecer os corações e abrir os cofres das finanças pessoais em benefício da empresa religiosa.
No meio dessas duas posições de uso da igreja para interesses privados está, também, a utilização interesseira e conveniente dos fiéis para fins eleitorais ou eleitoreiros. Considero legítimo que os líderes das igrejas - como formadores de opinião - incluam, com responsabilidade, a política em suas pautas e reflexões. O que avalio como uma afronta é a utilização irresponsável desse status e dos espaços de culto a serviço de práticas condenáveis de difusão de calúnias e difamação, como sabidamente tem ocorrido na atual campanha eleitoral. 
É inadmissível, num Estado Democrático de Direito, com liberdade de culto e de expressão, achar que um líder religioso deva se omitir em questões políticas. Porém, mais absurdo ainda, é admitir que, em nome da boa fé dos seguidores, líderes inescrupulosos vendam mentiras como se fossem verdades supremas e utilizem manobras de forte apelo subjetivo para manipular seus seguidores, em nome de Deus.
Está na hora de consolidar duas verdades importantes, a meu ver. A primeira, que não existe no regime republicano brasileiro qualquer subordinação entre Igreja(s) e Estado. O Estado brasileiro é laico, não-confessional, e a sociedade brasileira sustenta-se e convive fraternalmente num saudável regime de liberdade religiosa e de culto. A segunda é que Fé e política estão relacionadas, queiramos ou não. O apóstolo Tiago afirma numa de suas cartas que "a fé sem obras é morta", e a  política é uma forma importante de transformar a fé em obras. O que precisa ser superada é a prática estreita e mal intencionada de uma em favor da outra. Nem o Estado pode financiar as igrejas e conceder privilégios a seus líderes, e nem a(s) igreja(s) podem servir de espaço de manipulação de fiéis em prol de interesses particulares de seus líderes e padrinhos partidários.
A Lei da Ficha Limpa, por exemplo, é uma grande conquista da sadia interação entre fé e política, pois é fruto de uma ação importante das igrejas, especialmente, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Seria o caso de criar uma Lei da Ficha Limpa também para o exercício de liderança religiosa? Não. Essa lei já existe e está nas sagradas escrituras de cada religião e, tenhamos certeza, o juiz que julgará os casos de improbidade religiosa é implacável. Isso também está na Lei Sagrada. 
Líderes políticos e líderes religiosos são pessoas influentes e precisam assumir seus postos com mais responsabilidade. Não existe ainda melhor forma de controle do que aquela feita pelo povo: se o político é ruim, não votemos nele; se o líder religioso é inescrupuloso, abandonemos sua "igreja", já que tais "vocacionados" não passam pelo crivo das urnas.

sábado, 16 de outubro de 2010

BRASIL SOBERANO, APLAUDIDO NA CÚPULA SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

E, AGORA, JOSÉ? E, AGORA, DONA MÔNICA SERRA?


Está na Folha de São Paulo, de hoje, dia 16/out/2010:

 ... e está no link http://br.eleicoes.yahoo.net/noticias/4134/ex-aluna-diz-que-monica-serra-contou-ter-feito-aborto que a esposa de Serra fez aborto. E, agora, dona Mônica: quem é a favor de "matar criancinhas"? 






O SÁBIO, O ASTUTO E O BEIJA-FLOR






Era uma vez um sábio, muito conhecido e reconhecido por sua sabedoria e pelo amor ao seu povo. Jamais se abalava com as adversidades e nutria-se, sempre, de fontes límpidas e puras, sem se deixar intoxicar pelos venenos e pelas armadilhas que lhe eram apresentadas.

Certo dia, um senhor que se considerava muito esperto encontrou um raríssimo ninho de beija-flor, com um filhote dentro e resolveu testar o sábio. Com as mãos para trás, segurando a cabeça do filhote de beija flor entre o dedo indicador e o polegar, apresentou-se ao sábio.
- Sábio - disse ele - Tenho aqui em minhas mãos o mais belo filhote de beija-flor que já se viu. O encontrei, hoje, pela manhã, prestes a alçar voo de seu ninho. Pois, diga-me, agora: o filhote está vivo ou está morto?
O sábio fitou os olhos do homem, admirou sua atitute, contemplou suas intenções e verificou que, apesar de tudo, a intenção do homem era boa. No fundo, havia um interesse pela sabedoria e um vontade de aprender, ainda que de forma equivocada. Entendeu, o sábio que o filhote estava vivo. Porém, se essa fosse a resposta, o homem apertaria a cabeça do beija-flor e o apresentaria morto. Se dissesse o contrário, o filhote seria apresentado vivo para sua desmoralização.
O sábio, então, aproximou-se e, com a ternura que só os sábios têm, colocou uma mão sobre o ombro do homem e respondeu, serenamente:

- Admiro sua inteligência. A Resposta para sua pergunta está em suas mãos. E acrescentou: - Se queres ser sábio, escuta teu interior, livra-te das energias negativas e preocupa-te em contribuir para que o filhote prossiga sua vida e sua trajetória. Faça que ele siga vivendo!
Acredite: o Brasil é esse filhote raro que está prestes a alçar voo e ganhar os céus. E ele está, neste exato momento, em nossas mãos. 
Sejamos sábios, votemos Dilma presidente.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

HORA DA VERDADE

Essa eleição, em vários estados - inclusive em SC - foi uma oportunidade interessante de conhecer quem, de fato, são os candidatos. Você não se surpreenda se, de repente, aquele candidato santinho que usou pele de ovelha no primeiro turno, se fazendo amigo de todo mundo prá conseguir de forma enganosa e traiçoeira o seu voto, agora mostre as garras. 
Observe e, depois, me diga, se algum cobalca da vida não se escondeu atrás da falsidade para ganhar os votos de eleitores de Dilma. Não se assuste, você, se ele agora mostrar quem realmente é e a quem serve, se declarando servo de Luiz Henrique e defensor de Serra. Afinal, o que há de se esperar de quem desde que chegou em Caçador vive como camisa, de cabide em cabide de emprego público arranjado pelos seus "padrinhos". 
Nem se fale dos tempos em tais candidatos assumem cuidar de recursos emergenciais, como os destinados a vítimas de enchentes, com licitação dispensada e compras facilitadas. É tudo o que precisa um oportunista de carteirinha para encher os bolsos, montar esquemas e fazer o caixa para as suas campanhas. 
Preste atenção, caro leitor, nos próximos passos desses "candidatos". Agora é a hora de saber quem é um  sujeito e medir o tamanho do caráter de um homem ou da canalhice do seu oportunismo. Fique atento e tenha  cuidado: lobo é pior do que cachorro que come ovelha... depois que prova o gosto quente do sangue de presas fáceis, volta sempre e cada vez com mais voracidade.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O SILÊNCIO DA COVARDIA

No último domingo, 10 de outubro, a Band promoveu o 1º debate do 2º turno da eleição para Presidente da República. Diferente do 1º turno, esse debate permitiu ter uma noção melhor sobre o que está em jogo e sobre quais são as diferenças entre as duas candidaturas, porque os candidatos tiveram tempos mais longos para formular suas perguntas, suas respostas e seus comentários – o que é muito bom para quem é gente séria e tem o que dizer.
Para quem não é sério e não tem o que dizer resta fazer como avestruz que, surpreendida, esconde a cabeça na areia e esquece que o corpo todo está em exposição. Foi assim o silêncio covarde do candidato dos demos e tucanos em relação a estratégia rasteira que utilizaram na campanha, até aqui. 
Dilma, com a franqueza e a firmeza dignas de uma candidata a presidente, trouxe à mesa a prática que os seus adversários têm adotado contra sua candidatura e contra sua pessoa visando espalhar ódio e divisão entre o povo brasileiro. Cobrou de Serra uma posição sobre a ação traiçoeira de seu vice Índio da Costa que não faz outra coisa a não ser produzir e difundir calúnias, mentiras e ofensas pessoais via internet e por outros canais que se prestam a esse jogo baixo. Serra silenciou. 
Dilma, confiante de que restaria um mínimo de dignidade, condenou publicamente a prática da mulher do adversário que, se igualando ao vice do marido, tem se prestado a fofocar e espalhar calúnias. Serra calou de novo, agora apelando que Dilma estaria sendo agressiva. Curioso o critério do candidato da direita para quem a verdade dita francamente e às claras soa agressiva, enquanto a calúnia espalhada na calada da noite parece agradar ao seu paladar eleitoreiro e demagógico.
No silêncio covarde e medíocre do candidato ficam estampadas duas respostas. Primeira: o jogo rasteiro feito pelo seu vice e pela sua esposa tem a concordância e a participação do candidato. Segunda: a direita retrógrada brasileira é incapaz de fazer política de alto nível, de debater um projeto sério de Nação e de ter um candidato com dignidade suficiente para assumir os atos de sua campanha e, assim, merecer o respeito e a confiança dos eleitores e cidadãos brasileiros.
A única coisa certa que os demos e tucanos estão fazendo se resume à cena apresentada em sua própria campanha no horário eleitoral gratuito: a de um candidato boneco, tão pequeno e mesquinho que cabe numa embalagem de kinder ovo. No silêncio de Serra parece residir a confissão de um candidato fraco e incapaz que, para enganar e obter o voto dos eleitores, depende da baixaria e desonestidade promovidas pela mulher e pelo vice.
A democracia e a história política brasileira merecem mais que isso. Vá lá que a campanha vitoriosa de Dilma, até aqui, dependa em partes de Lula e do seu ótimo governo, mas depender de um vice caluniador e se esconder atrás da língua irresponsável de uma esposa, é vergonhoso. Espero, pelo recente amadurecimento político de nosso país, que a população brasileira coloque esse candidato pequeno no lugar que lhe é devido, sugerido pela sua própria campanha: numa embalagem de kinder ovo, reprovado pelo controle de qualidade, para não correr o risco de fazer mal a algum inocente que venha adquirir essa surpresa tão desagradável.

sábado, 9 de outubro de 2010

DECRETO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO - UM NOVO MARCO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Dia 15 de outubro, Dia do Professor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará o Decreto Presidencial da Educação do Campo, instituindo diretrizes e parâmetros nacionais que assegurem a garantia do direito a Educação aos povos do campo, de maneira adequada e significativa.
O Decreto representa um avanço importantíssimo na perspectiva de instituir a Educação do Campo como política pública de Estado. Trata-se de um novo marco na história da educação pública brasileira, visto que a educação do campo, antes do governo atual, sempre foi tratada como gênero de segunda categoria e os povos do campo como seres que, para serem alguém na vida, deviam receber a educação da cidade e sair da roça.
Mais uma vez o governo Lula demonstra que o que está em jogo, de verdade, é se queremos seguir mudando no enfrentamento das desigualdades, discriminações e preconceitos, ou se vamos retroceder ao passado de descaso e de negação de direitos fundamentais à classe trabalhadora, especialmente, aos povos do campo.

Abaixo, mensagem da Coordenadora Geral de Educação do Campo, Wanessa Zavarese Sechim:


Segue mensagem do Diretor da Diversidade que divuga o Ato de Assinatura do Decreto da Educação do Campo. 

"É com muita satisfação e alegria que compartilhamos com todas e todos esse momento histórico para a Educação do Campo em nosso país.
A conquista representa o ESFORÇO NACIONAL que integra o Ministério da Educação,os Movimentos Sociais e Sindicais do Campo,as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e Instituições Públicas de Ensino Superior, que defendem uma Política Nacional de Educação do Campo.
Assim,agradecemos o apoio do CONSED,UNDIME e representantes da CONEC ao documento inicial "Pacto para o Desenvolvimento da Educação do Campo",apresentado pelo CONSED, em dezembro de 2008.
Agradecemos também e parabenizamos o comprometimento do Grupo de Trabalho instituído pela Portaria Nº 87,de 07 de abril de 2010, com a finalidade de sistematizar as ações da educação do campo em curso com vistas à elaboração de documento referência que subsidiou a  SECAD na formulação das Diretrizes das Políticas de Educação do Campo/Decreto da Educação do Campo,que será publicado pelo Presidente LULA,no próximo dia 15 de outubro,"Dia do Professor", data escolhida pelo Presidente.
Para o Ministério da Educação a existência de Marcos Normativos para a Educação do Campo são passos imprescindíveis para garantir os direitos das populações do campo à educação de qualidade."
Muito obrigada!!!
Wanessa Zavarese Sechim
Coordenadora Geral de Educação do Campo
SECAD/MEC

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

DECLARAÇÃO DE AMOR

Dia 03 de outubro vivemos um momento ímpar para o Brasil, admirados pelo mundo inteiro, apesar da inveja e fúria da elite retrógrada e da mídia mercenária brasileira. Uma Nação com  quase 200 milhões de lutadores, povo sofrido mas batalhador, onde a esperança está sempre afastando o medo e a coragem nos faz seguir sempre de cabeça erguida, pela primeira vez na história tem uma mulher participando e vencendo o 1º turno de uma eleição presidencial.
O mundo inteiro reconhece os avanços e as conquistas sociais do Brasil nos últimos 8 anos (que podem e devem aumentar), a conquista da credibilidade e a passagem da condição de devedor a credor internacional. O Brasil ocupa, hoje, posição de grande respeito, na liderança de um grupo de 20 países (incluindo a China) que mudaram o mapa das relações entre as nações, até então sob controle e domínio dos 7 países mais ricos do mundo - o G-7. E por que não era G-8? - Porque o oitavo seria o Brasil que, até então, sempre se colocou de joelhos e com o pires na mão diante dos outros sete, assumindo uma posição de inferioridade, de modo submisso e servil.
O governo do presidente Lula, da então ministra Dilma e do ministro Celso Amorim mudou o foco das relações internacionais e o Brasil assumiu, pela primeira vez na sua história, uma postura soberana e emancipada. É por isso que, em 03 de outubro, Dilma Roussef, obteve uma vitória expressiva que, por pouco não a consagrou presidente. 
Dilma venceu o primeiro turno com 47.651.434 (quarenta e sete milhões, seiscentos e cinquenta e um mil e quatrocentos e trinta e quatro) votos - Mais de quatorze milhões e quinhentos mil votos a mais que o segundo colocado (14.519.151). A diferença de Dilma sobre o candidato dos demos e tucanos é praticamente igual a toda a votação obtida pela candidata verde, Marina Silva. Ou seja, o primeiro tempo deste jogo mostra um Brasil que quer seguir vitorioso e que não se deixa levar pelo jogo baixo das calúnias, das mentiras fabricadas e da agressividade desesperada de quem faz qualquer coisa para tomar o poder, na marra.
O nosso voto em DILMA PRESIDENTE, neste segundo turno, mais do que um voto apenas, é uma declaração de amor pela ética, pelo combate à política rasteira, pelo combate ao machismo enrustido que está por trás das práticas condenáveis da oposição direitista (que não admite que uma mulher possa ser presidente, embora, obviamente, não dirão isso em público)... enfim, votar em DILMA PRESIDENTE, é fazer uma DECLARAÇÃO DE AMOR PELO BRASIL. DIA 31 DE OUTUBRO, DECLARE-SE E VIVA O RECONHECIMENTO DE SER BRASILEIRO!

sábado, 2 de outubro de 2010

VIDEOS DO PROFESSOR

Elucidativo!
De erros fabulosos, preconceitos e apologia à discriminação nos livros didáticos de São Paulo às desastrosas inverdades do Zé. O restante o video fala por si e o Zé dá um bom exemplo de como NÃO deve ser um bom político e um bom professor. Educador, então, nem se fala!. Veja, que vale a pena.



No próximo vídeo, a prova dos 9... e fica impossível até mesmo comentar.. veja e acredite, se quiser... Pq o desastre do "professor" é grande!!